Ministro
do Supremo citou indiretamente decisão do Senado de não afastar Renan

O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), afirmou, em nota, sem citar o nome, mas numa referência à
decisão do Senado de não acolher a decisão do ministro Marco Aurélio Mello de
afastar Renan Calheiros (PMDB-AL) do comando do Congresso, que descumprir uma
ordem judicial é crime de desobediência ou golpe de estado.
“Deixar de cumprir uma decisão judicial é crime
de desobediência ou golpe de estado” – disse Barroso, na nota. O ministro,
porém, não irá participar do julgamento da liminar de Marco Aurélio, nesta
quarta-feira, por se julgar impedido, uma vez que ação da Rede
Sustentabilidade, que resultou na decisão liminar, foi proposta pelo antigo
escritório dele.
A nota é assinada também pelo advogado Eduardo
Furtado de Mendonça, que foi assessor de Barroso no Supremo por um ano.
O STF marcou para esta quarta-feira à tarde o
julgamento da decisão do ministro Marco Aurélio. O caso, que agravou a crise
institucional entre os Poderes, será o primeiro item da pauta.
Ontem, pelo menos três ministros do tribunal citaram
a possibilidade de uma solução intermediária: manter Renan na presidência do
Senado, mas com o impedimento de assumir a Presidência da República.

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