Um homem
que:
– É amoral;
– Não tem
limites;
– Desconhece
o que é empatia: caso veja alguém sangrar vai se preocupar em não sujar a roupa
de sangue;
– Mente
compulsivamente;
– Manipula
tudo e todos.
– Jamais
demonstra arrependimento.
Este
homem, sabemos bem, é Eduardo Cunha. Mas há um problema: acima está a descrição
básica de um psicopata.
Foi uma
amiga psiquiatra que me alertou para a extraordinária semelhança entre um
psicopata e Eduardo Cunha.
Na
verdade, ela foi adiante. “Ele é psicopata.”
Isso quer
dizer o seguinte: são consideráveis as chances de a Câmara dos Deputados ser
comandada por um psicopata.
Significa
também que Janot e Teori prolongaram irresponsavelmente, quase que
criminosamente o reinado deste psicopata num lugar de tanto poder como a
Câmara. Permitiram a ele, acuado e enraivecido pelo que julgou traição do PT,
atirar o Brasil numa crise política brutal ao aceitar um esdrúxulo pedido de
impeachment.
Significa,
igualmente, que a oposição – comandada por Aécio – elevou ao terceiro posto da
República um homem sem condições mentais de dirigir sequer um carrinho de
pipoca.
Nestes
dias, Cunha mais uma vez mostrou as características básicas de um insano.
Escreveu em sua conta no Twitter – repleta de erros grosseiros de português,
típicos de um semianalfabeto – que não interfere na TV Câmara.
Isso depois
de ter sido escancarado que críticas a ele feitas por outros deputados foram
censuradas ali.
Ora, ora,
ora.
O diretor
da TV Câmara, Cláudio Lessa, é um pau mandado de Cunha. Lessa mantém um blog no
qual chegou a sugerir que Dilma cometesse suicídio.
O diretor
de comunicação da Câmara, Laerte Rímoli, é outro pau mandado. No Facebook, ele
se dedica a insultar copiosamente Dilma e Lula, e a defender abjetamente seu
patrão. Rímoli, assessor de imprensa de Aécio na campanha de 2014, chegou ao
cúmulo de dizer que as contas secretas de Cunha não eram motivo para seu
afastamento.
Rímoli é
um elo que une Aécio e Cunha, convém não esquecer.
Com Lessa
e Rímoli à frente da TV Câmara, Cunha ousa dizer que não interfere nela. Ele
faz mais. Ele tomou a TV Câmara para si e seu sinistro projeto de poder.
Já seria
terrível isso em si. Mas o pior é que Cunha sequestrou muito mais que a TV
Câmara para si. Pegou a Câmara como um todo. Não fossem os suíços – o mérito de
Moro e a PF é zero ou abaixo de zero em seu desmascaramento – Cunha poderia ter
roubado o Brasil para ele.
É um
traço típico de um psicopata.
Quando a
louca cavalgada de Cunha chegar ao fim, o país terá que investigar de quem é a
culpa pelo crime de lesa pátria que foi, primeiro, abrir-lhe as portas para o
domínio total da Câmara, como fizeram Aécio e cúmplices.
Depois,
cobrar de quem, diante de evidências terríveis, o deixou de mãos livres para
continuar a fazer o que um psicopata encurralado faz.
Vistas as
coisas hoje, é fácil entender o terror de delatores ao falar de Cunha. Eles
contaram, olhos arregalados de pânico, as ameaças que receberam. Não apenas
contra eles, mas contra sua família.
Eles
sabiam do que Cunha, ou um psicopata, era capaz.
Janot e
Teori, não.

Sobre o
Autor
O
jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e
análises Diário do Centro do Mundo.

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