Com 15 votos a
favor, sete contrários e uma abstenção, parlamentares decidiram por censura
pública ao edil

A Câmara
Municipal de Natal decidiu, na sessão plenária desta quarta-feira (18), que o
vereador Marcos Antônio (PSOL) é culpado pela prática do Mensalinho, como
apontou a Comissão de Ética da Câmara. A Casa rejeitou o pedido de arquivamento
do caso, feito pelo vereador, e aprovou a interpretação do relatório, que
apontou responsabilidade do parlamentar pelo caso por omissão e negligência.
No entanto, com
15 votos a favor, sete contrários e uma abstenção, os parlamentares decidiram
reduzir a punição prevista no relatório do vereador Joanilson de Paula Rego
(PSDC). Em vez da punição de 15 dias, a Casa optou por censura pública
como punição.
Sessão durou
pouco mais de quatro horas no plenário da Casa Legislativa. Três propostas
para finalizar o julgamento do Mensalinho de Marcos do PSOL foram colocadas em
pauta. A absolvição e a suspensão, protocoladas respectivamente por Amanda
Gurgel (PSTU) e Joanilson Rêgo (PSDC) foram descartadas.
Por entenderem
que o edil era culpado, os vereadores decidiram pela censura pública
em função da omissão e negligência diante do fato, denunciado pelo portalnoar.com e
reconhecido pelo relatório apresentado pela Comissão de Ética da Casa.
Com a punição,
Marcos Antônio será obrigado a emitir uma nota pública de retratação, devido à
prática de “mensalinho” operada por um dos seus assessores.O presidente da
Câmara, vereador Franklin Capistrano (PSB), disse que a Câmara cumpriu o seu
papel. “O vereador Marcos foi considerado culpado. Nós optamos pela punição que
consideramos mais adequada”, declarou.
Relatório
O texto da
investigação elaborado pela Comissão de Ética da Casa, entregue a todos os
parlamentares ontem, apontava várias contradições na defesa de Marcos e
constatava que o funcionário Reginaldo Alves recolheu “mensalinho” dos
demais comissionados, como mostrou vídeo que provocou o processo na comissão da
Casa.
Além disso,
verificou que o dinheiro não tinha qualquer destinação partidária. Marcos
Antônio teve um assessor do seu gabinete flagrado em vídeo cobrando
“mensalinho” aos demais funcionários do vereador.
Segundo Marcos,
é uma prática comum e voluntária no partido, o qual não aceita financiamento
privado das suas atividade. Apesar de dizer que não tinha conhecimento da
ação, o vereador foi considerado negligente e omisso pela Comissão de Ética,
que sugeriu a suspensão.
Lambança
A votação foi
uma verdadeira lambança. Inicialmente, os vereadores decidiram rejeitar o
pedido de arquivamento. Na segunda votação, eles optaram por aprovar o
relatório da Comissão de Ética, que previa a punição de 15 dias de suspensão do
vereador. Em seguida, mudaram a punição do relatório aprovado anteriormente, de
suspensão para censura pública.
Fonte:
portalnoar.com

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