A situação dos agricultores que moram
nas comunidades rurais de Bom Jesus, Riacho e Furna da Onça não é pior, graças
a atitudes de pessoas como Francisco de Assis Nogueira.
Cansado
de esperar pelas ações do Poder Público, Francisco resolveu por conta própria investir 4
mil reais e perfurar um poço na comunidade. Com a vazão de 4 mil litros d’água
por hora, ele consegue retirar uma média de 10 mil litros d’água diariamente e
distribuir para as comunidades. E o detalhe: sem cobrar um real por isso.
de esperar pelas ações do Poder Público, Francisco resolveu por conta própria investir 4
mil reais e perfurar um poço na comunidade. Com a vazão de 4 mil litros d’água
por hora, ele consegue retirar uma média de 10 mil litros d’água diariamente e
distribuir para as comunidades. E o detalhe: sem cobrar um real por isso.
“Eu estava precisando de água e os vizinhos
também. As vezes sai uns 10 mil litros, depende do consumo da população.
Forneço de graça, só na amizade. Para enfrentar essa crise o meio mais fácil
tem sido esse poço, e o mais difícil é esperar pelos governos. Eles vem
com motor deles, coloca aqui e pega água para quem precisa”, disse
Francisco ao Blog do Marcos Dantas.
também. As vezes sai uns 10 mil litros, depende do consumo da população.
Forneço de graça, só na amizade. Para enfrentar essa crise o meio mais fácil
tem sido esse poço, e o mais difícil é esperar pelos governos. Eles vem
com motor deles, coloca aqui e pega água para quem precisa”, disse
Francisco ao Blog do Marcos Dantas.
Cledinilza
Batista Dantas é a agente de saúde responsável por atender as comunidades
visitadas pelo Blog. Por estar diariamente nas residências, conhece a realidade
de todos que moram no Bom Jesus, Furna da Onça, dentre outras localidades da
Zona Rural de Caicó. Chega a revoltar, ela garante. “As
pessoas dependiam de carros-pipas, a prefeitura cancelou e agora dependem da
solidariedade dos que recebem água do Batalhão, e que acabam dividindo com os
que não têm. Quando acaba a água deles antes do tempo para ser reabastecida,
não vai ter mais. São muitas pessoas carentes que não tem condições de comprar
água. Quase todos estão usando água de poços, e que futuramente pode prejudicar
a saúde destas pessoas”, explicou Nilza.
Como
agente de saúde, Nilza demonstra sua preocupação com os impactos que a falta
d’água já tem proporcionado à saúde dos agricultores. “Você
chega numa casa que tem criança, não pode mais lavar a casa porque não tem
água. As pessoas tem que ficar com a roupa suja por muitos dias, porque não tem
mais água. está chegando a esse ponto e eles reclamam disso”,
finalizou.
Por Marcos Dantas