Andrei Rodrigues afirmou que o “distanciamento histórico” é necessário para uma avaliação mais precisa dos eventos ocorridos em 8 de janeiro do ano passado.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, em entrevista ao Valor, afirmou que o “distanciamento histórico” é necessário para uma avaliação mais precisa dos eventos ocorridos em 8 de janeiro do ano passado, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram a sede do Congresso e se dirigiam aos prédios do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). Rodrigues destacou que alguns membros das Forças Armadas aderiram ao “movimento golpista”, mas ressaltou a importância de diferenciar a postura atual dos comandantes das Forças Armadas, que são descritos como legalistas e democratas.

O diretor-geral da PF também abordou as investigações em andamento, incluindo a Operação Lesa Pátria, que já teve 23 fases e envolveu diversos setores, incluindo militares, oficiais do Exército, políticos e financiadores. Rodrigues mencionou que, até o momento, foram apreendidos R$ 25 milhões, e que as investigações continuam para responsabilizar todos os envolvidos.

Sobre as acusações e críticas de perseguição por parte do ex-presidente Bolsonaro e seus apoiadores, o chefe da PF afirmou que a instituição age de acordo com a Constituição e as leis, buscando provas antes de avançar nas investigações. Ele também comentou sobre o acordo de delação premiada fechado com Mauro Cid, destacando que o trabalho continua para comprovar as informações fornecidas.

Ao abordar a sensibilidade da questão da segurança pública, Rodrigues explicou que a PF tem atuado no enfrentamento ao crime organizado, destacando o foco nas operações financeiras ligadas a essas atividades. Sobre a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco, o diretor expressou confiança na equipe do Rio de Janeiro e indicou a expectativa de dar uma resposta até o primeiro trimestre deste ano.

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