O
Brasil está entre os países que mais reduziram o número de estudantes na faixa
de 15 anos com baixo rendimento em matemática no período de 2003 a 2012.
Conforme dados divulgados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), a Alemanha, a Itália, o México e Portugal também estão nesta
lista.

Relatório
publicado hoje (10) pela OCDE recomenda que, para ampliar os ganhos de
rendimento dos estudantes, os países aumentem o acesso à educação na infância,
a oferta de atividades diferenciadas para alunos com dificuldades e o incentivo
à participação dos pais e da comunidade na vida escolar.
 

O
relatório traz uma nova análise do Programa Internacional de Avaliação de
Alunos (Pisa), divulgado em 2013, mas com dados referentes a 2012. O estudo
“Alunos de baixo desempenho: Por que ficam para trás e como ajudá-los?” examina o
baixo desempenho na escola olhando para a família, práticas escolares e
políticas educacionais, entre outros fatores.
 

Outra
recomendação para melhorar o desempenho em matemática e em ciências e leitura,
áreas analisadas pelo Pisa, é oferecer programas especiais para imigrantes e
estudantes de áreas rurais. De acordo com a OCDE, a proporção de alunos com
baixo rendimento é maior entre os que vivem na área rural. A distribuição
equitativa de recursos entre as escolas e a motivação de alunos e professores
também são fatores que pesam no desempenho dos estudantes.
 

O
relatório ressalta que o baixo desempenho dos alunos traz riscos como o
abandono escolar, o acesso limitado a melhor remuneração no mercado de trabalho
e menor participação política. “A redução do número de alunos de baixo
desempenho não é apenas um objetivo em si mesmo , mas também uma forma eficaz
de melhorar o desempenho geral do sistema de educação.”
 

No
último Pisa, divulgado em 2013, entre os 65 países comparados, o Brasil ficou
em 58º lugar. No entanto, o estudo mostrou que, desde 2003, o Brasil conseguiu
os maiores ganhos na performance em matemática, saindo dos 356 pontos naquele
ano e chegando aos 391 pontos em 2012. A avaliação, feita pela OCDE, é aplicada
a jovens de 15 anos a cada três anos. A pesquisa mede o desempenho dos
estudantes em leitura, matemática e ciências.
 

Agência Brasil

 

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