Presidente da Câmara terá 10 dias para apresentar defesa.
Janot quer que STF afaste Cunha da presidência da Câmara e do mandato.

O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado na manhã desta
terça-feira (16) do pedido de afastamento dele do cargo feito pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Janot argumenta que Cunha utiliza a função  para obstruir as investigações da Operação
Lava Jato e o andamento de uma representação contra ele no Conselho de Ética da
Câmara.
No
pedido feito ao Supremo, o procurador requer que o peemedebista seja afastado
tanto do comando da Câmara quanto do mandato de deputado federal. Com a
notificação ocorrida nesta terça, Cunha terá dez dias contados a partir desta
quarta (17) para se manifestar no caso.
Caberá
ao Supremo decidir se afasta ou não o presidente da Câmara. Janot alega que o
peemedebista usa seu poder para constranger e intimidar parlamentares, réus
colaboradores, advogados e agentes públicos.

O
deputado nega, diz que o pedido é baseado em “ilações” e
“agressões” e que o procurador-geral da República pretende fazer uma
“cortina de fumaça” para tirar o foco do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
Cunha
já disse, também, que por iniciativa própria não irá se afastar da presidência
da Câmara nem se virar réu em processo penal da Lava Jato. O STF deve analisar
em março denúncia feita por Janot contra o peemedebista por suposta participação
no esquema de corrupção da Petrobras.
No
início deste mês, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato
no STF, indicou que a decisão sobre o afastamento poderá ocorrer só depois que
o plenário tomar uma decisão sobre a denúncia apresentada em agosto de que
Cunha  recebeu ao menos US$ 5 milhões de
propina para viabilizar a contratação de dois navios-sonda para a Petrobras. O
presidente da Câmara nega. Ele desafiou que se provasse que pediu propina. Para
ele, o delator que apontou a suposta vantagem foi obrigado a mentir.
Fruto
de um inquérito aberto em março do ano passado, na primeira leva de
investigações da Operação Lava Jato no STF, a denúncia da PGR está quase pronta
para ser julgada no STF.
Em
dezembro, os advogados de Cunha apresentaram a defesa prévia sobre o caso e, no
último dia 27 de janeiro, a PGR respondeu a questionamentos processuais sobre a
peça.
Falta
somente a conclusão da análise de Teori Zavascki, que prepara o voto a ser
levado ao plenário do STF. Se a denúncia for aceita, Cunha passa a responder
como réu numa ação penal.
Além
do pedido de afastamento e da denúncia, ainda tramita no STF um inquérito sobre
contas secretas supostamente mantidas pelo deputado na Suíça para receber
dinheiro de origem ilícita. Cunha nega ser titular de contas bancárias no
exterior.
G1.com

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Presidente da Câmara terá 10 dias para apresentar defesa.
Janot quer que STF afaste Cunha da presidência da Câmara e do mandato.

O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado na manhã desta
terça-feira (16) do pedido de afastamento dele do cargo feito pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Janot argumenta que Cunha utiliza a função  para obstruir as investigações da Operação
Lava Jato e o andamento de uma representação contra ele no Conselho de Ética da
Câmara.
No
pedido feito ao Supremo, o procurador requer que o peemedebista seja afastado
tanto do comando da Câmara quanto do mandato de deputado federal. Com a
notificação ocorrida nesta terça, Cunha terá dez dias contados a partir desta
quarta (17) para se manifestar no caso.
Caberá
ao Supremo decidir se afasta ou não o presidente da Câmara. Janot alega que o
peemedebista usa seu poder para constranger e intimidar parlamentares, réus
colaboradores, advogados e agentes públicos.

O
deputado nega, diz que o pedido é baseado em “ilações” e
“agressões” e que o procurador-geral da República pretende fazer uma
“cortina de fumaça” para tirar o foco do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
Cunha
já disse, também, que por iniciativa própria não irá se afastar da presidência
da Câmara nem se virar réu em processo penal da Lava Jato. O STF deve analisar
em março denúncia feita por Janot contra o peemedebista por suposta participação
no esquema de corrupção da Petrobras.
No
início deste mês, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato
no STF, indicou que a decisão sobre o afastamento poderá ocorrer só depois que
o plenário tomar uma decisão sobre a denúncia apresentada em agosto de que
Cunha  recebeu ao menos US$ 5 milhões de
propina para viabilizar a contratação de dois navios-sonda para a Petrobras. O
presidente da Câmara nega. Ele desafiou que se provasse que pediu propina. Para
ele, o delator que apontou a suposta vantagem foi obrigado a mentir.
Fruto
de um inquérito aberto em março do ano passado, na primeira leva de
investigações da Operação Lava Jato no STF, a denúncia da PGR está quase pronta
para ser julgada no STF.
Em
dezembro, os advogados de Cunha apresentaram a defesa prévia sobre o caso e, no
último dia 27 de janeiro, a PGR respondeu a questionamentos processuais sobre a
peça.
Falta
somente a conclusão da análise de Teori Zavascki, que prepara o voto a ser
levado ao plenário do STF. Se a denúncia for aceita, Cunha passa a responder
como réu numa ação penal.
Além
do pedido de afastamento e da denúncia, ainda tramita no STF um inquérito sobre
contas secretas supostamente mantidas pelo deputado na Suíça para receber
dinheiro de origem ilícita. Cunha nega ser titular de contas bancárias no
exterior.
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