Com
efeito imediato, medida desliga de vez o francês do cargo de secretário-geral e
encerra qualquer vínculo empregatício entre o dirigente e a entidade máxima do
futebol.

É definitivo: o Comitê de
Emergência da Fifa decidiu demitir o francês Jérôme Valcke. Além de tirá-lo do
cargo de secretário-geral, a medida acaba com qualquer vínculo empregatício
entre o dirigente e a entidade. Acusado de participação em um esquema ilegal de
venda de ingressos no Mundial de 2014, ele já estava afastado da função desde
setembro do ano passado.
A decisão tem efeito imediato e
foi anunciada nesta quarta-feira através de comunicado oficial. Além
disso, a Fifa informou que o alemão Markus Kattner continuará como interino no
cargo de secretário-geral da entidade.
Valcke, que ainda havia sido
suspenso ao lado de Joseph Blatter e Michel Platini, estava fora do dia a dia
da federação há quatro meses, quando o Comitê de Ética da Fifa abriu um processo
de investigação contra o dirigente. A entidade não deu maiores explicações
sobre o motivo que a levou a demiti-lo, apenas citou as investigações que estão
em curso.

Segundo as denúncias
feitas pelo empresário americano-israelense Benny Alon e publicadas pelo
“Estado de S. Paulo” em setembro, Valcke teria montado um esquema
para ficar com 50%¨dos lucros da comercialização de 11 mil bilhetes da edição
do Mundial de 2014 (os demais veículos falam em 8.750 bilhetes). Os tíquetes
seriam negociados por um preço até quatro vezes maior em relação ao valor de
face. O dirigente teria arrecadado € 2 milhões (R$ 8,83 milhões, na cotação
desta quinta-feira) com a operação, acusou Alon.
Na semana passada, a câmara
decisória do Comitê de Ética da Fifa optou por estender a suspensão ao francês
por mais 45 dias, depois do gancho anterior – de 90 dias – expirar há oito
dias. Assim como ex-presidente da Uefa Michel Platini e o ex-mandatário da
Fifa Joseph Blatter, Valcke havia sido punido em 8 de outubro por causa de
investigações sobre envolvimento em esquemas de corrupção. 
O dirigente 
Valcke iniciou a carreira como
jornalista, passando por algumas das principais emissoras da França, e chegou à
Fifa em 2003 para assumir o cargo de diretor de Marketing e TV. Três anos
depois ele foi afastado do cargo, acusado de ter mentido na negociação de
patrocínio com duas grandes empresas de cartões de crédito. O escândalo custou
US$ 60 milhões à Fifa.
Mesmo com a polêmica, Joseph
Blatter o nomeou secretário geral da Fifa em 2007. Lá, o francês ganhou um
papel de protagonista, esteve à frente das organizações dos Mundiais de 2010,
na África do Sul, e 2014, no Brasil, e foi até mesmo cotado para a vaga do
suíço quando deixasse a presidência da federação. No entanto, ele já havia
anunciado que deixaria a Fifa em fevereiro de 2016.
G1.com 

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