A
passagem do transporte público de Natal deve aumentar. Na manhã desta
quinta-feira (28), o Conselho de Mobilidade Urbana definiu quanto será
acrescentado à atual tarifa de R$ 2,65. A Secretaria Municipal de Mobilidade
Urbana (STTU) propôs que a nova tarifa seja de 2,90, valor que foi aprovado
pela maioria dos membros do conselho, que possui 30 órgãos.
Contudo,
para aumentar a tarifa de momento a secretaria exige uma lista de
contrapartidas, dentre elas: a instalação de rede wi-fi em 5% da frota e nas
estações de transferência e a restauração de 56 abrigos especiais em bairros da
Zona Leste da capital.

A STTU
também exige a renovação de 70 ônibus em substituição aos mais antigos até
dezembro de 2016, a criação de um aplicativo sobre o transporte público e a
mudança de itinerário de algumas linhas de ônibus da cidade.
Segundo
a titular da STTU, Elequicina Santos, a passagem só aumenta se as exigências
forem cumpridas por meio da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC) por parte dos empresários do transporte público. “Só aumenta a tarifa se
eles assinarem o termo”, destacou.
A
secretária disse ainda que era praticamente impossível não haver aumento.
“Sabemos que não agrada, mas alguém tem que pagar a conta porque não podemos
isentar os impostos. Então ou aumenta ou o sistema vai à falência. Precisamos
disso para nosso equilíbrio financeiro”, justificou Elequicina Santos.
Aprovada,
a proposta vai para a análise do prefeito Carlos Eduardo, que decidirá se vai
acatar ou não os valores. Não há um prazo para que esse estudo ocorra, por
isso não há data definida para a nova tarifa entrar em vigor.
 
Valor
não agrada
 
O valor
proposto pela Prefeitura de R$ 2,90 para a nova tarifa não agradou nem ao
Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do
Natal (Seturn), nem aos membros da sociedade civil que fazem parte do Conselho.
Para os
empresários o ideal seria acrescentar R$ 0,55 ao valor atual pago pelo
usuário. Por isso o Seturn defendia o aumento para R$ 3,20 baseado na
inflação. Segundo o consultor técnico do sindicato dos
empresários, Nilson Queiroga, “a atual tarifa não acompanhou a inflação do
último ano, mas as despesas como salário dos funcionários e o combustível
subiram acima da inflação”.
“Não é
que não sejamos favoráveis ao aumento proposto. Mas a tarifa de R$ 3,20 é que
seria o melhor para o equilíbrio financeiro. Mas vamos ver como trabalhar com
essa tarifa apresentada”, acrescentou Queiroga, que na reunião votou a favor do
aumento.

Vários
membros representantes da sociedade civil se retiraram ao final da reunião e
não votaram. O representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Tony
Robson, é contra qualquer aumento que seja na atual tarifa.
“Não
temos o que aumentar antes de observarmos a melhoria do transporte público. Não
temos paradas de ônibus adequadas ou ônibus de acordo para a população, não
temos um sistema adequado para a o usuário”, afirmou o jovem.

Portal Noar

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