João
Evangelista de Menezes Filho é suspeito de atrapalhar investigação. Segundo o
próprio MP, estão sendo cumpridos nove mandados de prisão.

Policiais
civis e militares deram cumprimento, na manhã desta terça-feira (26), a nove
mandados de prisão preventiva na cidade de Apodi, na região Oeste do Rio Grande
do Norte. Entre os presos, segundo o Ministério Público, está o presidente da
Câmara Municipal, vereador João Evangelista de Menezes Filho, do PR.
As prisões, segundo o MP, foram
necessárias em razão de os suspeitos estarem atrapalhando uma investigação
conduzida pelo próprio órgão ministerial. A operação foi batizada de Apóstolo.
“O vereador vinha sendo
investigado há mais de 9 meses pelo Grupo de Atuação Regional de Defesa do
Patrimônio Público (GARPP), Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (GAECO) e Promotoria de Apodi por suspeita de desvio de recursos
públicos Casa Legislativa”, acrescentou o MP.
Ainda de acordo com o
Ministério Público, “no curso das investigações da operação,
interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram uma
intensa articulação do presidente da Câmara no intuito de intimidar testemunhas
e assim interferir no conteúdo dos seus depoimentos, além de ter destruído
documentos que interessavam às investigações. Diante dessas circunstâncias, não
restou outra alternativa senão requerer a custódia cautelar do investigado e de
outras oito pessoas que vinham tentando inviabilizar as investigações”.
“Os elementos de prova até
agora colhidos apontam para a prática dos crimes de peculato, extravio de
documentos públicos, falsidade ideológica e uso de documentos falsos,
associação criminosa, denunciação caluniosa, usurpação de função pública e
falso testemunho, cujo somatório das penas pode chegar a até 47 anos de
prisão”, acrescentou.
Superfaturamento
 
No dia 21 de julho de 2015, o Ministério Público apreendeu documentos na Câmara
Municipal de Apodi durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão
expedidos pela Justiça do Rio Grande do Norte. As apreensões estão sendo usadas
em um inquérito criminal que apura o superfaturamento de despesas na Casa
Legislativa. “Basicamente, recolhemos documentos, anotações e um malote
com informações contábeis e financeiras. Foi necessário arrombar algumas portas
e gavetas que não puderam ser abertas”, explicou na ocasião o promotor
Sílvio Brito.
O representante do Ministério
Público acrescentou que já existia uma investigação sobre o superfaturamento na
esfera cível. “A investigação criminal foi um desdobramento dos fatos
constatados pelo órgão”, acrescentou.
G1.com RN 

Deixe um comentário

Copy link