Por Bruno Barreto
Esta semana escrevi que os problemas da saúde estão sendo abafados na gestão do prefeito Allyson Bezerra (União). Há um temor em denunciar por parte de usuários e servidores.
Pouca coisa chega a imprensa.
A reprovação das contas de 2022 e do primeiro quadrimestre de 2023 pelo Conselho Municipal de Saúde escancarou a crise que existe e é quase imperceptível em termos de noticiário.
Quer um exemplo apontado no relatório? Os exames de endoscopia e colonoscopia da Prefeitura de Mossoró não são realizados na cidade. Os pacientes precisam ir a Natal para fazer exames simples, que são ofertados aqui. O tomógrafo do PAM do Bom Jardim está encaixotado desde agosto do ano passado sem previsão de uso.
Esta semana o Portal Boca da Noite informou que a Unidade Básica de Saúde Maria Neide da Silva Sousa, localizado no Conjunto Jardim das Palmeiras, está há 50 dias sem dentista. Até a semana retrasada o raio x da UPA do Belo Horizonte estava sem película. O raio x da UPA do Santo Antonio está desativado desde 2018.
E olhe que o volume de recursos de 2022 para 2023 saltou de R$ 160 milhões para R$ 340 milhões.
A reprovação das contas da saúde mostrou que não dá mais para abafar o caos da saúde em nível municipal.