Devido à complexidade do caso e ao fato de não se ter ainda um
estudo aprofundado que defina a origem do problema, se está cientificamente
comprovada a sua ligação com o Zika vírus ou não, a Secretaria Estadual de
Saúde Pública (Sesap) está definindo o protocolo relativo à microcefalia por
áreas, para traçar o fluxo a ser seguido pelas gestantes e pelos bebês nascidos
com microcefalia. Após a definição do Hospital Onofre Lopes (HUOL) como
hospital de referência, as ações  para a Vigilância, Endemias, Atenção
Básica e Laboratório, entre outras, estão sendo detalhadas a seguir.

Mesmo com
as definições em curso, o protocolo poderá ser modificado à medida que novas
situações forem surgindo. A informação é do secretário Ricardo Lagreca, após
reunião com os representantes das principais entidades de saúde pública do
Estado, na tarde desta segunda-feira (23), na sede da Sesap. “A microcefalia
não segue uma lógica espacial, privilegiou todas as regiões do nosso Estado. O
protocolo não está totalmente definido devido à complexidade e ao inusitado, o
que é absolutamente normal em situações como esta. Na reunião que nós
secretários tivemos (na última sexta-feira, 20, em Salvador), colocamos para o
ministro a gravidade do problema”, disse Lagreca. Até o momento, foram
diagnosticados 52 casos de microcefalia (47 em recém nascidos e 5
intra-uterinos) e 4 óbitos (sendo um por má formação e 3 por sindrômetro de
microcefalia).

A divisão do protocolo por áreas é para que alguns especialistas
possam definir procedimentos-padrão a serem seguidos. É o caso, por exemplo, do
acompanhamento dos recém nascidos, em que os médicos estudam se será preciso
realizar tanto os exames de ressonância magnética como de tomografia
computadorizada, ou se apenas uma dos dois procedimentos basta. Outra
 prioridades da Sesap é definir especialmente as ações da Atenção Básica,
ou seja, o primeiro atendimento que as gestantes recebem nas Unidades de Saúde.
Os técnicos e servidores estão recebendo orientação sobre como proceder.

Participaram da reunião representantes do Hospital Universitário Onofre Lopes
(HUOL), Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), Secretaria Municipal de Saúde
de Natal (SMS), Conselho Estadual de Saúde (CES), Conselho dos Secretários
Municipais de Saúde (Cosems), além do infectologista Kleber Luz e profissionais
de diversas coordenadorias da Sesap, como a de Promoção a Saúde (CPS),
Hospitais e Unidades de Referência (Cohur), Planejamento (CPCS), Recursos
Humanos (CRH) e Complexo Estadual de Regulação (CER).

Fonte: SESAP/ASSECOM

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