Associação nacional também entrará com representações nos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado contra os parlamentares.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) decidiu acionar a Justiça contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) por ataques a integrantes da corporação.

Além da ação na Justiça, os delegados também entrarão com representações nas Comissões de Ética da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para que os parlamentares sejam julgados por quebra de decoro. As decisões foram tomadas em reunião da ADPF.

A organização também deve entrar com um pedido de indenização por danos morais contra o deputado Eduardo Bolsonaro. A base das denúncias é uma declaração do filho do ex-presidente feita em março deste ano, quando afirmou que a corporação agia como  “cachorrinhos de Moraes”.

Já em relação a Marcos do Val, a ADPF ingressará com notícia-crime que será enviada ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e à Procuradoria-Geral da República. O senador tem utilizado, nos últimos meses, suas redes sociais para atacar o delegado federal Fábio Alvarez Shor, que julga ações contra Eduardo Bolsonaro e aliados.

“Capataz” de Alexandre de Moraes

Em uma das publicações, o senador afirmou que o delegado é “capataz” de Alexandre de Moraes. Já em outra postagem, ele publicou uma foto de Shor em um cartaz de “procurado”, com a legenda:“Este delegado, até então desconhecido, tem se ocultado das redes sociais, mas o Brasil precisa conhecer quem é o executor das ordens ilegais de Alexandre de Moraes”.

“A ADPF tem um longo histórico na defesa das prerrogativas funcionais dos delegados federais. Tornou-se mais que necessário dar uma resposta contra os ataques desenfreados e infundados contra a PF e os Delegados Federais”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Luciano Leiro.

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