Presa, prefeita foi denunciada por corrupção e associação
criminosa. Ex-secretário e ex-advogados do Sindicato dos Servidores foram
presos.

Após a prisão da prefeita de Ribeirão Preto (SP),
Dárcy Vera, a força-tarefa da Operação Sevandija informou em coletiva de
imprensa que R$ 45 milhões foram desviados do Tesouro Municipal na suposta
fraude envolvendo o pagamento de honorários advocatícios pela Prefeitura, em
uma ação movida por servidores públicos exigindo a reposição de perdas
salariais do Plano Collor.

O dinheiro teria sido dividido entre Dárcy, os
ex-advogados do Sindicato dos Servidores Municipais Sandro Rovani e Maria Zuely
Librandi, o ex-secretário Marco Antônio dos Santos, o presidente afastado do
Sindicato, Wagner Rodrigues (PC do B), e o advogado André Soares Hentz, segundo
informou a Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco).
A PF e o Gaeco não pediram a prisão de Rodrigues, que
supostamente firmou um acordo de delação premiada, após ser alvo de um mandado
de condução coercitiva – quando a pessoa é levada para prestar depoimento – na
Operação Sevandija. O pedido de prisão de Hentz não foi aceito pela Justiça,
informou o Gaeco.
“Eles trataram de firmar acordo para desviar
dinheiro público. A imputação que se faz a todos eles é de que os honorários
que estavam sendo pagos eram indevidos. Atas foram falsificadas, documentos
foram falsificados para que houvesse o pagamento dos honorários”, disse o
promotor do Gaeco Marcelo Zanin Bombardi.
Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo
(MP-SP), Dárcy foi denunciada pela Procuradoria-Geral de Justiça, a quem
compete processar criminalmente os prefeitos, por corrupção passiva, peculato e
associação criminosa. A pedido do MP, a Justiça decretou a indisponibilidade
dos bens da prefeita.

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