Delação se refere à eleição do tucano à presidência da Câmara,
em 2001

O
ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, deve entregar à Procuradoria-Geral
da República (PGR), nos próximos dias, um complemento à sua delação
premiada. 
De
acordo com informações do colunista Lauro Jardim, neste complemento vão constar
os nomes dos 50 deputados para quem ele garantiu ter arrecadado fundos a fim de
elegê-los, em 1998, com o objetivo de ajudar na eleição de tucano Aécio Neves à
presidência da Câmara, em 2001. 
Propina
para Aécio foi de R$ 1 milhão, diz Machado em delação premiada
O
senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria recebido R$ 1 milhão em recursos ilícitos
para financiar sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2001, de acordo
com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em delação premiada firmada
com os investigadores da Lava Jato.
Segundo
Machado, ele, Aécio e Teotônio Vilela (presidente do PSDB à época) teriam
arrecadado cerca de R$ 7 milhões (R$ 19,4 milhões em valores atualizados e
corrigidos pelo IPCA). Os recursos teriam sido utilizados para bancar a
campanha de pelo menos 50 deputados e formar uma base
majoritária para eleger Aécio para a Presidência da Câmara. Na delação, o
ex-presidente da Transpetro relata que R$ 4 milhões do total obtido vieram da
campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), então presidente da
República, em 1998. O restante teria saído de empresas.
“A
maior parcela dos cerca de R$ 7 milhões de reais arrecadados à época foi
destinada ao então deputado Aécio Neves, que recebeu R$ 1 milhão de reais em
dinheiro”, disse Machado, acrescentando que o tucano “recebia esses valores
através de um amigo de Brasília que o ajudava nessa logística”. Antes de de
filiar ao PMDB, Machado integrava os quadros do PSDB.

Recursos
ilícitos serviram para que Aécio se elegesse presidente da Câmara em 2001
Na
delação, o ex-presidente da Transpetro corroborou, ainda, outros depoimentos
sobre Aécio em relação a recebimento de propina de Furnas e disse que
“parte do dinheiro para a eleição de Aécio para a Presidência da Câmara
veio de Furnas”, à época comandada por Dimas Toledo.
“Todos
do PSDB sabiam que Furnas prestava grande apoio ao deputado Aécio Neves via o
diretor Dimas Toledo, que era apadrinhado por ele durante o governo Fernando
Henrique Cardoso e Dimas Toledo contribuiu com parte dos recursos para a
eleição da bancada da Câmara à época”, disse Machado.
O
senador Aécio Neves já é investigado em dois inquéritos abertos a partir da
delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).
Jornal do Brasil
 

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