Em 13 meses no
comando do Ministério do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB) fechou
convênios com prefeitos aliados, distribuindo recursos do ministério para obras
em seus redutos eleitorais.

Levantamento
feito pela Folha de São Paulo aponta que, na gestão Alves, o ministério do Turismo
aprovou 59 convênios com cidades do Rio Grande do Norte. Destes, 56 foram
firmados com prefeitos que o a apoiaram nas eleições de 2014 para o governo do
Estado, sendo 30 do PMDB.
Os
convênios preveem repasses de R$ 28,8 milhões, sendo 93% dos recursos
destinados a aliados.
O
governo do Estado, comandado pelo adversário Robinson Faria (PSD), firmou
apenas um convênio com o ministério no valor de R$ 969 mil. Só em 2014, por
exemplo, o Estado havia fechado convênio de R$ 30 milhões com a pasta.

a prefeitura de Natal, governada pelo primo do ministro, Carlos Eduardo (PDT),
fechou R$ 5,7 milhões em convênios no mesmo período. Os recursos serviram para
festas e reforma da orla da capital.
Henrique
Alves disputou as eleições de 2014 numa aliança com 18 partidos que detinham
78% dos 175 prefeitos potiguares. Mesmo assim, foi derrotado no segundo turno
pelo então vice-governador Robinson Faria.
Nomeado
por Dilma Rousseff (PT) em abril de 2015, ficou no cargo até abril deste ano,
quando pediu demissão. Após o afastamento da presidente petista, voltou ao
ministério na gestão do presidente interino Michel temer (PMDB).
A
Folha revelou na segunda-feira (7) que o procurador-geral Rodrigo Janot
afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que Henrique Alves atuou
para obter recursos
desviados da Petrobras em troca de favores para a
empreiteira OAS. Parte do dinheiro do esquema teria abastecido sua campanha, o
que ele nega.
Folha
de São Paulo.

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