247 – Um dos primeiros políticos a
trair a presidente eleita Dilma Rousseff e aderir ao golpe parlamentar de 2016,
Henrique Eduardo Alves confessou ter uma conta na Suíça, onde havia depósitos
de US$ 833 mil.
 
No entanto, ele disse não saber
quem depositou os recursos em sua conta.
Ex-presidente da Câmara, ele é
um dos mais antigos aliados de Michel Temer e foi seu ministro do Turismo.
 
A
revelação é do
 repórter
André de Souza:
 
O
ex-ministro e ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
reconheceu, em defesa apresentada à Justiça Federal de Brasília, que usou um
escritório de advocacia uruguaio para abrir uma conta na Suíça em 2008. Admitiu
também que é formalmente o beneficiário da conta. Mas, argumentou que, por
motivos burocráticos, não conseguiu movimentá-la e preferiu deixá-la inativa.
Assim, alegou que os US$ 832.975,98 depositados na conta — e que segundo a
Procuradoria Geral da República (PGR) era dinheiro de propina — foram
movimentados por terceiros, sem seu conhecimento.
Os
valores — que equivalem a R$ 2.573.895 no câmbio de hoje — foram depositados em
três datas diferentes: 5 de outubro, 18 de novembro e 8 de dezembro de 2011.
Segundo a PGR, trata-se de propina paga pela empreiteira Carioca Engenharia com
o objetivo de liberar recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal. O
dinheiro serviria para o financiamento de obras do Porto Maravilha, no Rio de
Janeiro.

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