Um
pagode de sucesso dos anos 90, do grupo Boka Loka, falava que para ter duas
paixões não tem jeito: só tendo dois corações no peito.

A máxima, no entanto,
não funciona para o funcionário público Leandro Jonattan da Silva Sampaio, de
33 anos, para a dona de casa Thais Souza de Oliveira e para a estudante Yasmin
Nepomuceno da Cruz, as duas com 21 anos.
 

A paixão uniu o trio, e a história, de três
anos de namoro, deu numa união estável poliafetiva, a primeira na cidade,
registrada no 15º Ofício de Notas.


É muito normal as pessoas se apaixonarem por mais de uma pessoa. A diferença é
que no poliamor você une todas as pessoas e não precisa mentir — observou
Leandro, que mora em Madureira com as duas mulheres: — Já tenho uma filha de
três anos com Thais e estamos planejando mais um, agora, com Yasmin.

A união
foi oficializada na Justiça na última sexta-feira, como noticiou a coluna de
Ancelmo Góis, no jornal “O Globo”. Mas o relacionamento é antigo. Leandro
conheceu Thais há cinco anos. Ele era casado e a jovem entrou para o
relacionamento. O funcionário público acabou se separando da primeira mulher e,
em 2013, conheceu Yasmin:
– Eu
falei que vivia esse tipo de relacionamento, ela se interessou, conheceu a
Thais e a coisa foi fluindo.
Preconceito,
diz ele, o trisal (palavra que equivale a casal em uma relação de três pessoas)
não encontra na rua. A resistência é dentro de casa. As mães das meninas não
falam com Leandro. A família dele já aceita melhor.
– Nós
vamos para todos os lugares que um casal convencional vai – diz.
Leandro
conta que não sabe se entraria em um relacionamento com outro homem e uma
mulher. Ele explica que é hetero, enquanto Thais e Yasmin também se relacionam
entre si. O rapaz não sabe dizer se a conta está fechada com três pessoas.
Thais, no entanto, já avisa que sente ciúme dos dois:
– Sentirei
ciúme dos dois de qualquer pessoa que aja com falta de respeito. Eles são meu
marido e minha mulher. O relacionamento é fechado.
Extra – O Globo 

Deixe um comentário

Copy link