Ação apura empresa que fazia
elo para o pagamento de propinas. Foram expedidos 5 mandados de busca e
apreensão e 4 de prisão preventiva.

A
Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (17) a Operação Sangue
Negro, que investiga o desvio de dinheiro de contratos da Petrobras iniciado em
1997. A ação está relacionada às investigações de um esquema de pagamento de
propinas envolvendo a empresa holandesa SBM e a estatal brasileira.
A
operação cumpre cinco mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Angra
dos Reis (RJ) e Curitiba (PR), além de quatro mandados de prisão preventiva –
dois deles foram expedidos contra ex-diretores da Petrobras presos na Operação
Lava Jato: Renato Duque e Jorge Zelada.

As
buscas foram feitas nas casas dos investigados e na Petroserv, empresa do ramo
de prospecção de petróleo.

A
ação desta quinta tem como alvo principal a empresa que seria o elo entre a SBM
e a Petrobras. De acordo com as investigações, a Petroserv recebia repasses de
3% a 5% de contratos da Petrobras e, desse total, remetia 1% para contas de
empresas no exterior. 

Os investigadores apontam que esse dinheiro era lavado e
remetido novamente para o Brasil em forma de propina.


Os
crimes investigados pela operação são os de sonegação fiscal, lavagem de
dinheiro, evasão de divisas, entre outros. De acordo com a Polícia Federal, as
investigações da Sangue Negro começaram antes da Lava Jato, embora todos os
alvos desta quinta estejam relacionados a ela.

SBM

A
SBM atua como prestadora de serviços para empresas petrolíferas – oferece
aluguel de plataformas, entre outros – e já confessou, durante as investigações
da Lava Jato, ter pagado propina a funcionários da Petrobras em troca de
contratos.

Em
junho deste ano, o ex-representante da SBM no Brasil Júlio Faerman, suspeito de
ser um dos operadores do esquema da Lava Jato, afirmou à CPI da Petrobras que
garantiu “ganhos expressivos” à estatal brasileira enquanto atuava em nome da
empresa holandesa.


Um
mês antes, integrantes da CPI foram a Londres (Inglaterra) colher depoimento de
Jonathan David Taylor, ex-diretor da SBM que denunciou supostas irregularidades
em contratos assinados entre a companhia da Holanda e a Petrobras.

Portal G1.com

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