Apesar
de estarem em dívida com os profissionais da educação da rede estadual e de
Natal, governo e prefeitura vêm fugindo das cobranças que o SINTE/RN tem feito.
A
coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso, conta que as
secretárias Cláudia Santa Rosa, gestora da SEEC, e Justina Iva, da SME, têm
sistematicamente se negado a receber o Sindicato: “Muitas vezes marcam uma
audiência. Porém, quando chega na data a reunião é desmarcada sem grandes
explicações”.
Fátima
critica a postura das gestoras e esmiúça as demandas reprimidas. A pauta da
rede estadual, segundo a sindicalista, contém pontos que vão desde a crise nos
centros de educação semi-integral, até as metas 17 (trata da valorização
profissional e estrutural) e 18 (trata das carreiras dos funcionários) que
estão dentro do Plano Estadual de Educação (PEE): “Nós precisamos de uma ação
propositiva da Secretária. O diálogo precisa ser aberto”.
A
situação dos educadores do município não é diferente. A pauta dos profissionais
de Natal versa sobre os problemas da educação infantil, que vão desde condições
de trabalho, questões funcionais, direitos reprimidos, entre outras coisas, bem
como os problemas da educação fundamental e o cumprimento do Plano Municipal da
Educação (PME). A sindicalista afirma que em audiências passadas o enredo foi
um só: “Sempre que chegamos na mesa de negociação eles alegam a crise econômica
para nos negar tudo”.
Fátima
lembra ainda que o esgotamento do diálogo costuma resultar em greves: “O
SINTE/RN tem um histórico de tentar dialogar e utilizar o instrumento de greve
tão somente quando se esgotam todas as possibilidades de negociação. Só
chamamos uma greve quando o gestor vira as costas”.

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