“São 23:40! Eram 19:53 quando
cheguei aqui no hospital Dr. Percílio Alves, em Ceará Mirim. Não fui atendido
por falta de organização do hospital.”

Leiam
relato de mais um cidadão cearamirinense que sofre com a incompetência da
gestão da saúde pública em Ceará-mirim:
“Estavam
colocando na frente pessoas que chegavam às 22:30 ou 23:00.
Tinha
duas filas e um médico dessas duas filas saiu e disse que ia embora
.
Na
outra fila só tinham pessoas que tinham acabado de chegar e ninguém pra
fiscalizar. Quando vi que todos estavam indo pra outra fila, perguntei pra onde
eu iria e me mandaram ir pra trás das duas filas.
Falei
com o porteiro que tinham pessoas chegando às 23hs e estavam na frente das
outras, um porteiro de óculos. Perguntei se no hospital não tinha ninguém para
coordenar, e ele me disse que não e ainda falou: “Vá lá na frente e brigue com
as pessoas, diga que você chegou primeiro
”.
Não
achei que esse dever fosse meu: de ficar fazendo baixaria no hospital.

Alguém
da direção deveria prezar pela justiça de ordem de chegada.

Como
não tinha ninguém pra organizar nada, vim embora pra casa sem o atendimento,
após quase 4 horas de espera. Às 2hs volto ao hospital para tentar ser
atendido, pois ainda estou morrendo de dor.”

É
complicado demais, gente. Não tem nenhuma pessoa para coordenar o hospital, não
tem ninguém para dirigir.

Eu
tava lá! Eu vi!

Eu
vi pessoas que chegavam faziam um pouquinho de barraco aí eram atendidas. E o
pessoal que estava na fila, que não tinha coragem de fazer barraco e de gritar,
até porque não é obrigação do cidadão ficar fazendo barraco e gritar para ser
atendido.
Não
tem ninguém para tomar conta de nada, os enfermeiros são profissionais, os
médicos são profissionais, mas o hospital é sem coordenação. Não tem
coordenação no Percílio Alves. Vou tentar voltar mais tarde para ver se
consigo, como uma pessoa civilizada, como um cidadão de bem que merece ser
atendido e paga impostos, tentar ser atendido mais tarde dignamente.
Sem
precisar estar indo para porta de um hospital ficar gritando que cheguei mais
cedo. Quem tem que estar vendo isso não sou eu não! Isso é muito ridículo!

morrendo de dor aqui ainda. Sofri um acidente ontem, dificilmente preciso vir
para esse hospital, mas infelizmente nunca precisei da forma como eu estou
precisando dessa vez. Mas eu vou mais tarde lá pq eu realmente estou sentindo
muita dor e não vou conseguir dormir.
Para
ver se tem menos gente para ver se consigo ser atendido.
Mas
quando tem gente lá não tem coordenação, tem um cara que fica na portaria, tem
um cara que escreve que estava muito estressado, bateu a porta, chutou lá. Eu
vi!
Ouvi falar que teve um tumulto lá mais cedo, gente se estressando, pessoal
não é preparado não viu. Esse negócio de colocar pessoas para trabalhar através
de indicação, porque é da família, porque é conhecido, porque não sei o quê,
acontece isso aí.
Pessoas
despreparadas que estão lá para atender seres humanos e, na verdade eles estão
preparados para atender o que? Um cavalo? Um boi? Um cachorro?
Alguma coisa que
apareça desse tipo. Mas pessoas, eles não estão preparados, isso é a realidade!
Por que se estressa com as pessoas e quer brigar, e quer gritar, e quer não sei
o quê. Pensa que as pessoas são lixo, cara. E aí chega o pessoal menos
favorecido, menos ensinado, que já sabe como se resolve as coisas, mete o grito
e lá vai. Aí é quando eles começam a prestar atenção nas pessoas, quando
começam a ser gritados. É isso que eu não entendo. Né para ser por grito não,
chegou, tem alguém lá para olhar. Ó tá aqui, foi ordem de chegada! Está aqui
sua ordem de chegada. Pronto, você vai ser atendido e tal.

Agora quem ficar
calado, esperando sua vez, não é atendido no Percílio Alves em Ceará
Mirim.” (SIC)

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