Ex-ministro
da Cultura disse que Temer o pressionou para liberar edifício de luxo, onde
Geddel tem um imóvel de R$ 2,4 milhões.

O
Ministério da Justiça recebeu da Polícia Federal a informação de que o
ex-ministro da Cultura Marcelo Calero entregou ao órgão gravações de conversas
com o presidente Michel Temer e os ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de
Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil). Um auxiliar de Padilha também teria
sido gravado.
Em
seu depoimento à PF, Calero afirmou que Michel Temer o pressionou a liberar o
espigão de 107 metros de altura, onde Geddel tem um imóvel de R$ 2,4 milhões.
O
depoente foi convocado pelo presidente Michel Temer a comparecer no Palácio do
Planalto. Que nesta reunião o presidente disse ao depoente que a decisão do
Iphan havia criado ‘dificuldades operacionais’ em seu gabinete, posto que o
ministro Geddel encontrava-se bastante irritado. Que então o presidente disse
ao depoente para que construísse uma saída
“, disse Calero, referindo-se à
pressão exercida por Temer, que também lhe disse que “a política tinha
dessas coisas”.
O
depoimento de Calero à PF levou a crise que envolvia o ministro Geddel Vieira
Lima (Secretaria) para o gabinete presidencial. O ex-ministro da Cultura disse
que se sentiu “enquadrado” por Temer devido à sugestão de remeter à AGU
(Advocacia Geral da União) a decisão sobre a licença do Iphan (Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional) para um empreendimento imobiliário. Segundo
Calero, Temer ficou ao lado do ministro da Secretaria de Governo.

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