Henrique Alves era insistente na
busca de doações.
Delator afirmou que atual ministro do Turismo
sempre o procurava por dinheiro.

O
ex-presidente da Transpetro,
Sérgio Machado, afirmou em delação premiada firmada com o Ministério Público
Federal no âmbito da Operação Lava Jato, que repassou ao atual ministro do
Turismo, Henrique Alves (PMDB-RN), R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014.
Divisão
dos pagamentos

 
A propina ao atual ministro do Turismo foi paga, conforme o ex-presidente da
Transpetro, da seguinte forma: R$ 500 mil em 2014; R$ 250 mil, em 2012 e R$ 300
mil em 2008. Os valores foram repassados, segundo ele, pela Queiroz Galvão.
Outros R$ 500 mil foram pagos em 2010 a Alves, pela Galvão Engenharia, de
acordo com a delação.
Os
recursos eram entregues por meio de doações oficiais, mas eram provenientes,
segundo Machado, de propina dos contratos da subsidiária da Petrobras. 
Sérgio Machado detalhou que Henrique Alves costumava procurá-lo com frequência
em busca de recursos para campanha.
O
ex-presidente da Transpetro disse que “sempre ajudava” Alves com as
solicitações. Os encontros, segundo Machado, eram na sede da subsidiária.

“Que Henrique chegou a levar algumas empresas da área de tecnologia ou serviços
na Transpetro para tentar que as contatasse, mas nenhuma avançou; que o
depoente sempre ajudava em época de campanha quando ele ligava pedindo um
encontro; que ele ligava diversas vezes pra Transpetro e o depoente ligou
algumas vezes para ele; que o depoente ajudou sempre  por meio de doações
oficiais, cuja origem eram vantagens indevidas pagas pelas empresas contratadas
pela Transpetro; que os encontros com ele eram sempre na Transpetro”, diz a
delação premiada.


G1.com

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