Defesa quer redistribuição do caso por considerar
que não há relação com a Lava Jato. Investigação foi autorizada pelo ministro
relator da operação, Luiz Edson Fachin, após delação da JBS. 

G1.com – A defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG)
apresentou nesta terça-feira (23) recurso no Supremo Tribunal Federal (STF)
contra decisão que o afastou do mandato após abertura de inquérito para
investigá-lo por corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização
criminosa.
A investigação foi autorizada pelo ministro relator
da Lava Jato, Luiz Edson Fachin, após delação dos donos do frigorífico JBS,
Joesley e Wesley Batista. O ministro também determinou o afastamento de Aécio
do mandato de senador.
Fachin também apreendeu o passaporte de Aécio e o
proibiu de ter contato com outros investigados. O ministro negou o pedido da
Procuradoria-Geral da República para prender Aécio. A PGR recorreu da decisão.
Os advogados argumentam que o afastamento da função
de um senador por um único ministro representa “ilegalidade” porque
trata-se de uma pessoa escolhida por “vontade popular”. Para a
defesa, só os parlamentares poderiam tomar essa decisão.
O recurso pede ainda que o relator do caso revogue as
medidas cautelares e, caso não faça isso, leve a questão para análise dos cinco
ministros que formam a 2ª Turma do Supremo, colegiado que analisa os casos da
Lava Jato.
Aécio pede ainda que o caso seja distribuído a um
novo relator por considerar que não há conexão do que é investigado neste
inquérito relacionado à delação da JBS com os fatos atribuídos ao senador na
Lava Jato
.

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