Durante o evento de assinatura da ordem de serviço para obras de
saneamento no município de São Miguel Gostoso, o vice-governador do Rio
Grande do Norte Fábio Dantas (PC do B) avaliou a gestão de Robinson
Faria (PSD) à frente do executivo estadual. Para o ex-deputado, a gestão
da qual faz parte tem sido difícil de manusear, principalmente pelo
cenário ruim em que foi iniciada, mas tem buscado se sobressair com
um diferencial: o trabalho árduo por parte de todos que compõem o poder
executivo.

Questionado pelo Agora Jornal sobre qual a avaliação
que fazia do quadro governamental atual, Fábio foi sincero ao relatar as
dificuldades encontradas pela gestão, sobretudo no tocante a falta de
recursos, problema este que se agravou ainda mais nos últimos anos em
razão da crise que assolou o país e ainda permanece até os dias atuais,
resultando numa queda brusca no faturamento do Estado.

“Eu acho
que para avaliar o governo nós temos que ponderar quais as diferenças
entre a gestão dele e as demais. Robinson pegou o Estado de uma forma
financeira difícil, com muitas dificuldades, sem créditos, 5 anos de
seca… pegamos o país praticamente com 3 presidentes da República e cada
um com uma forma diferente de governabilidade, pegamos toda
instabilidade econômica e diversos outros fatores. O diferencial da
nossa gestão, no entanto, é não falta trabalho desde o primeiro dia. Com
isso vamos tocando nossa vida”, contou.

Segundo Fábio, a gestão
estadual tem utilizado de todas as artimanhas para conseguir levar o
executivo da melhor maneira possível, muito embora o momento dificulte
as ações. Justamente por isso, a avaliação deve ser feita de maneira
cuidadosa e não comparativa com outras realidades.

“Tentamos todas
as formas possíveis e impossíveis de minimizar os problemas. Numa
avaliação de governo que passa por tantas dificuldades, creio que não dá
para fazer comparação numérica com governos que pegaram o Estado de
outra maneira, com dinheiro. A partir do momento que uma gestão pega um
estado de forma complicada como nós pegamos, certamente os números serão
complicados”, afirmou, completando:

“No nosso caso, o que existe
de possibilidade para melhorar a gente tem buscado: tem sido assim no
turismo e tem sido assim também na segurança pública, onde estamos
fazendo investimentos sucessivos desde que assumimos o Estado”,
concluiu.

Devido a proximidade do próximo pleito eleitoral, muitas
lideranças políticas já estão vislumbrando a disputa ao Governo do
Estado no ano que vem. Todavia, no caso de Robinson tem sido diferente.
Pelo menos foi isso que disse o companheiro de chapa dele, Fábio Dantas.
Segundo o vice-governador, Robinson não tem pensado, neste momento,
sobre as eleições, e está focando suas atenções apenas em melhorar o
cenário do Estado.

“No momento, o Rio Grande do Norte está
passando por muitas adversidades. Para falar em 2018 precisamos primeiro
superar esses problemas. Quando isso for feito, a gente passará a
pensar no campo político. Neste momento nosso foco e o foco do
governador está voltado exclusivamente para o trabalho que queremos
concluir no Rio Grande do Norte. Não dá para pensar em disputa eleitoral
num momento com o atual”, declarou.

Além de Robinson, a ciência
política potiguar tem colocado como futuros candidatos ao Governo do
Estado o atual prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), e a atual
senadora da República, Fátima Bezerra (PT). Perguntado sobre esses dois
possíveis adversários, Fábio elogiou a força política de ambos e disse
que eles estão preparados para contribuir com um bom debate eleitoral no
ano que vem.

“A democracia é boa por isso. Quanto mais pessoas
estiverem dispostas para debater democraticamente a situação do Estado,
colocar ideias para melhorar, o Rio Grande do Norte só tem a crescer.
Todo mundo é importante, cada um com suas peculiaridades e anseios. Caso
os dois realmente se coloquem como candidatos ao Governo do RN, vai ser
uma medida só engradecerá o nível da discussão sobre as melhorias a
serem aplicadas em todo Estado”, declarou.

No tocante a Carlos
Eduardo, Fábio Dantas fez uma avaliação da gestão à​ frente da
Prefeitura do Natal. Para o vice-governador, o prefeito tem encarado
diversos problemas assim como tem acontecido com o Estado. No entanto,
neste caso fez um comparativo: o RN tem mais situações adversas do que
Natal, que atualmente só precisa se preocupar com a Câmara Municipal,
composta pelos vereadores. Apesar de tudo, disse torcer por uma
recuperação do executivo natalense.

“É uma administração cheia de
adversidades. Diferente do Estado que, além disso, ainda tem que se
preocupar com o setor econômico e com os Poderes, a Prefeitura só tem a
Câmara. Em nossa responsabilidade estão o TJRN, a Assembleia
Legislativa, o Ministério Público, o Tribunal de Contas (TCE), a
Defensoria Pública, a UERN, etc. É mais fácil administrar quando se
trata de Prefeitura, mas mesmo assim o prefeito tem enfrentado
adversidades. Apesar de tudo, torço para que melhore. Afinal, Natal
melhorando significa que o RN também vai melhorar”, finalizou.

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