O ex-deputado
federal, ex-ministro e ex-presidente da câmara, Henrique Eduardo Alves, está
próximo de aposentadoria política.

Depois de várias denúncias por recebimento de propinas, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, a carreira política de Henrique Alves pode estar com os dias contados. A avaliação é do o Cientista Político, Daniel Menezes.
“Será
difícil escapar da avalanche de notícias, investigações e denúncias, enfim, de todo
o inferno astral ao qual foi e continuará a ser submetido um dos líderes mais
influentes do Rio Grande do Norte. Não é desejo, é realidade. Nenhum político
experiente com quem este escriba conversou aposta no contrário. É sempre
difícil predizer o fim de uma carreira política, mas a hipótese é para lá de
verossímil.
Hoje,
Henrique se beneficia pelo fato de parte de sua investigação andar de mãos
dadas com aquelas que tentam alcançar Eduardo Cunha. Mas o que gera o benefício
do foro privilegiado, amanhã será a derrocada pela forma com que Cunha, depois
de sua queda – inevitável -, arrastará meio mundo de gente com ele para o
buraco.
Em
Natal, na eleição que se avizinha, o efeito já foi imediato. O Prefeito de
Natal que busca a reeleição, Carlos Eduardo Alves, desapareceu da cena pública,
temendo sua associação com Henrique Alves. Aliás, não apenas CEA sumiu por um
dado estratégico, como também Garibaldi Alves Filho, Walter Alves, Felipe Maia
e José Agripino. De acordo com cruzamento feito pelo jornal Folha de São Paulo,
as doações que seriam propina disfarçada repassadas para o PMDB e DEM do RN,
conforme delação de Sergio Machado, casam bem com a declaração das contas das
citadas agremiações. Ainda assim, Garibaldi e Walter Alves escapam até o
presente momento sem maiores avarias. Henrique, entretanto, segue com balão de
oxigênio no fim.”

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