José
Borges foi preso após o MP encontrar em sua residência,
milhares de documentos públicos referentes à sua gestão à frente da Prefeitura.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), através
da Promotoria de Justiça de São José do Campestre e do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com o apoio da Polícia
Militar, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (7), a Operação Démodé,
destinada a apurar um esquema de desvio de recursos públicos instalado na
Prefeitura Municipal de São José de Campestre/RN, no período de 2010 a 2012,
através da contratação da empresa NK Construções para execução de obras no
referido Município.

Segundo apurado, a empresa NK Construções, gerida por José Josenildo da Silva e
Erivalda Maria da Silva, funciona no próprio endereço residencial deles e,
apesar de ter vencido quase todas as licitações, durante o referido período,
para execução de obras em São José do Campestre, não tinha registro de
empregados contratados até o mês de julho de 2012, tendo registrado apenas seis
empregados no mês de dezembro desse mesmo ano.

Ademais, no curso da investigação, foram requisitadas ao então prefeito, José
Borges Segundo, as cópias integrais de todos os processos de contratação da
referida empresa, durante o mencionado período, todavia, tal documentação nunca
fora apresentada.

Há, portanto, fortes indícios de que José Josenildo da Silva e Erivalda Maria
da Silva criaram a pessoa jurídica NK Construções (Erivalda Maria da Silva
Comercio e Serviços em Construções) com o objetivo único de desviar recursos
públicos, movimentando, no mesmo período, de R$ 2.423.559,36, decorrentes de
contratos com diversos municípios do Estado do Rio Grande do Norte, tendo
causado um prejuízo de mais de R$ 600 mil ao Município de São José do
Campestre.

Na oportunidade, foi realizada a prisão em flagrante do ex-prefeito, José
Borges Segundo, em decorrência de ter sido encontrado em sua posse, no interior
de sua residência, milhares de documentos públicos referentes à sua gestão à
frente da Prefeitura.

Participaram da operação três Promotores de Justiça e, aproximadamente,
oito  policiais Militares, para cumprimento de dois mandados de busca e
apreensão e dois mandados de condução coercitiva, expedidos pelo juiz da
Comarca de São José do Campestre.

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