Herdeiro
político de uma das famílias mais tradicionais do Rio Grande do Norte, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN) foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1971,
aos 21 anos.

ISTOÉ – Embora nascido no Rio, toda sua trajetória política foi construída
a partir do solo potiguar. Passou pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB),
filiou-se ao PP com o fim do bipartidarismo e, em seguida, entrou no PMDB onde
segue até hoje. Por 11 mandatos consecutivos exerceu a função parlamentar,
mesmo número de legislaturas acumuladas por Ulysses Guimarães, seu
correligionário. Em 2013, quando era presidente da Câmara, chegou a assumir a
Presidência da República, na ausência de Dilma Rousseff e Michel Temer.
O
potiguar só deixou a Câmara para disputar, sem sucesso, o governo do Rio Grande
do Norte, em 2014.
Como consolação, em abril de 2015 o
peemedebista foi nomeado ministro do Turismo de Dilma. Seu primo, o senador
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), também foi ministro da Previdência ao nos
primeiros quatro anos do governo da petista.
Grande
aliado do presidente Michel Temer, rompeu com o PT logo no início das
articulações pró-impeachment. Em 26 de março de 2016, Alves entregou sua carta
de demissão a Dilma com o argumento central de que o diálogo estava “exaurido”.
No dia seguinte, o PMDB anunciaria a saída da base aliada do governo.
O
potiguar recuperou o cargo com a posse ainda temporária de Temer, mas ficou
apenas 35 dias no cargo, após ser atingido em cheio pela delação do
ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo o depoimento, Alves teria
recebido propina da OAS.
O escândalo levou a uma nova renúncia do titular do
Turismo.
Um mês após se demitir, virou réu.

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