“Campanha
de Marina recebeu por caixa 2, dirá Léo Pinheiro”
.
Foi assim que o jornal
“O Globo” manchetou, neste domingo (12), a informação publicada pelo
jornalista Lauro Jardim, em sua coluna – e que já foi notícia no sábado (veja aqui).
Segundo
o colunista, o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, se comprometeu, em sua
delação premiada, a falar do caixa dois que, segundo ele, irrigou a campanha de
Marina Silva à Presidência em 2010″. “O pedido a Pinheiro foi feito
por Guilherme Leal, um dos donos da Natura, candidato a vice-presidente de Marina
naquela eleição”, relata. Na prestação de contas de Marina-Guilherme Leal,
não há qualquer registro de doação da OAS.
Em
nota, a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o presidente da Natura e ex-candidato
da vice-presidente na chapa de Marina Silva, Guilherme Leal, negaram que a
campanha de 2010 tenha recebido recursos ilícitos. “De minha parte,
reafirmo que a Operação Lava Jato não pode sofrer nenhuma tentativa de
interferência ou constrangimento para apurar denúncias de corrupção. Posso
alegar que nunca usei um real sequer em minhas campanhas que não tivesse sido
regularmente declarado”, afirmou Marina. Sobre Guilherme Leal, ela disse
que ele “sempre foi fiel ao compromisso ético e à orientação política de que
todos os recursos de financiamento de campanha teriam origem e uso inteiramente
legais”.

Leal disse que se encontrou com Pinheiro, ocasião em que foram apresentadas “as
propostas da candidatura”. Ele nega ter discutido pagamento de caixa 2 para a
campanha. “Houve sinalização da OAS em apoiar a campanha presidencial por meio
do Partido Verde, certamente dentro dos termos da lei, com o devido registro
perante a Justiça Eleitoral”, disse o executivo, segundo o qual “qualquer outra
insinuação é uma inverdade”.
De
acordo com a pesquisa CNT/MDA divulgada na semana passada, Marina Silva aparece
em segundo lugar nas intenções de voto para presidente da República. Em um
cenário, Lula teria 22% das intenções de votos, enquanto Aécio Neves teria
15,9%, seguido de Marina Silva (14,8%), Ciro Gomes (6%), Jair Bolsonaro (5,8%)
e Michel Temer (5,4%). Brancos e nulos totalizariam 21,2%, enquanto o total de
indecisos, neste cenário, seria de 8,9% dos eleitores.
Em
um segundo cenário, no qual Aécio seria substituído pelo governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, Lula teria 22,3% das intenções de votos, seguido por
Marina Silva (16,6%) e Alckmin ficaria em terceiro com 9,6%. Na sequência,
viriam Ciro Gomes (6,3%), Michel Temer (6,2%) e Jair Bolsonaro (6,2%). Brancos
e nulos totalizariam, neste cenário, 24% dos eleitores, enquanto 8,8% dos
entrevistados se declararam indecisos.
 
Leia a íntegra da nota da
ex-senadora Marina Silva:
 
‘Todo
apoio à Lava-Jato’
Recebi
a notícia de que estaria sendo divulgada uma suposta menção a meu nome em
delação premiada à força-tarefa que investiga a corrupção na Petrobras. Segundo
essas fontes, dinheiro de uma empreiteira teria sido destinado ao “caixa dois”
da minha campanha à Presidência, em 2010. Como ressaltou recentemente o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “da esquerda à direita, do anônimo
às mais poderosas autoridades, ninguém, ninguém mesmo, estará acima da Lei”.
Por esse motivo, quero que as autoridades deem a devida atenção a essa
acusação.
De
minha parte, reafirmo que a Operação Lava Jato não pode sofrer nenhuma
tentativa de interferência ou constrangimento para apurar denuncias de
corrupção. Posso alegar que nunca usei um real sequer em minhas campanhas que
não tivesse sido regularmente declarado. Guilherme Leal, que foi candidato a
vice em minha chapa em 2010, sempre foi fiel ao compromisso ético e à
orientação política de que todos os recursos de financiamento da campanha
teriam origem e uso inteiramente legais e não acredito que nenhum dirigente do
PV possa ter usado meu nome sem ter me dado conhecimento, ainda mais para fins
ilícitos.
Posso
assegurar à opinião pública que, neste momento em que a sarjeta da política já
está repleta de denunciados, o melhor caminho é confiar no trabalho do MP e da
Polícia Federal. Por isso, reitero meu apoio e confiança no trabalho da
Justiça.
 
Leia a íntegra da nota de
Guilherme Leal:
 
Propostas
‘nos termos da lei’
Solicitado
a me manifestar sobre a alegação do Sr. Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS,
envolvendo doação à campanha presidencial de 2010 e se referindo à minha
pessoa, informo que: de fato houve reunião em 1 de semestre de 2010, com a
presença de Léo Pinheiro, Alfredo Sirkis, então dirigente nacional do PV e
responsável pela pré-campanha, e Leandro Machado, meu então assessor. Na
oportunidade, apresentamos as propostas da candidatura e houve sinalização da
OAS em apoiar a campanha por meio do PV, certamente nos termos da lei, com o
devido registro na Justiça Eleitoral. Qualquer outra insinuação é uma
inverdade.

Por 247

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