Infelizmente reeleito no dia 2 de outubro, o vereadorzinho chibata demonstrou mais uma vez o seu desrespeito a todos os nossos professores e professoras.
Após latir em seu programa de rádio que a vereadora Amanda Gurgel voltará a dar aulas como “castigo”, o vereador Luiz Almir recebeu mais uma grande lição de moral da professora Séfora Cavalvante, através de uma carta aberta publicada em seu perfil do facebook.
Amanda Gurgel foi a segunda candidata mais votada nestas eleições, mas não se reelegeu por seu partido não atingir o quociente eleitoral.
Leia a carta aberta da professora Séfora:
PRA
VOCÊ, Luiz Almir, com toda a minha educação! 
– CARTA
ABERTA AO VEREHÁDOR, INDIGNO E EXECRÁVEL, LUIZ ALMIR –




“Infame
senhor, mesmo depois de tanta asnice proferida pelos seus lábios botulínicos
antes das eleições, a respeito dos professores, até outra carta já lhe escrevi
e viralizou na rede, você ainda não aprendeu a se portar como deveria ser um
vereador reeleito? Pelo menos em respeito a sua mulher, uma professora, como
disse você ao tentar se redimir com palavras não críveis, ou em respeito aos
seus 7339 insipientes eleitores, porém nada disso adiantou. Após as eleições,
no seu programa de rádio, latiu que Amanda Gurgel, a segunda mais votada
vereadora, voltará a dar aulas como castigo, uma vez que não atingiu o
quociente eleitoral.

Senhor
pulha, segundo o Aurélio ou mesmo o Houaiss, CASTIGO, para ser mais formal, tem
como sinônimo pena, correção severa; punição; será que isso se aplica, de fato,
a ministrar aulas? Por que você insiste em ser tão desprezível? Castigo é
suportá-lo mais 4 anos devido à falta de aulas que seus eleitores não tiveram
sobre o que é ser um homem eu honra seus eleitores, já que és um “homem”. Sabe
aquela frase de Simone de Beauvoir? Claro que não sabe, mas direi assim mesmo
parafraseando-a: “Ninguém nasce homem, torna-se homem”. Isso é fato, suas
atitudes não se assemelham com nenhum que seja, de fato um. Não venha usar o
argumento reles de ter um órgão sexual masculino, porque isso se compra, e
fazendo referência a letra de Rita Lee, Pagu, saiba “sou mais macho que muito
homem”. E pra você ser homem de verdade, não precisa latir, vociferar, xingar,
ladrar suas vis palavras, sempre mal-vindas, sempre recheadas de desdém e
desprezo, seja pelos marginalizados seja pelos que não são, mas nos seus lábios
botulínicos se tornam. Isso é um castigo. Ouvi-lo,
é um castigo; saber que tens lábia para os ignorantes, é um castigo; saber que
não vais mudar nunca, é um castigo e ter a certeza de que você tem a certeza de
que é um filho de Deus apesar de tudo isso, é um castigo. Mas és um castigo, na
verdade, para si mesmo. Como você se suporta?
A cada ano e a cada eleição, suas medíocres palavras se alastram, não tens
apoio, a não ser dos que temem tuas chulas palavras, e o preferem por perto
para poder calá-lo, imagina que castigo é ouvi-lo, estás sentindo? Ou ainda
daqueles pobres de conhecimento os quais acreditam que aquilo que tu fazes é
uma bênção e és um “homem” bom porque ajuda àqueles que carecem, mas se você
não fizer como vereador, quem fará, Deus? Não. Claro que não, tem que ser o
devoto de Santa Clara! Esse homem que nasceu para ajudar aos pobres, que exalta
os humilhados, violenta os marginalizados, é favorável a redução da maioridade,
mas não mostra uma solução, só punição; que quer a independência da zona norte,
mas que não sabe o que é educação. Fico aqui pensando nas aulas que recebeu,
talvez até o ensino fundamental não tenham surtido efeito algum, pois se
surtiram, deve ser nas suas orações a Deus ao pedir perdão pela mediocridade, e
que agora sua sordidez e sua ignorância sejam o seu castigo, a sua pena.
Lembrei agora do meu amigo Platão “o castigo dos bons que não fazem política é
ser governados pelos maus”. Não há nada mais claro que isso. Porém, eu, que
pago seu salário, farei você sentir o poder das palavras e olhe que aprendi
muitas delas nas aulas e nenhuma foi um castigo, pelo contrário, foram puro
prazer, o mesmo prazer que sinto agora quando as palavras vêm a minha cabeça e
não sei se escrevo todas ou se grito, são tantas, as aulas que recebi estão lhe
dando esse castigo. Essa pessoa que aqui lhe escreve tem vocação. E você, qual
a sua? Um vereador, um seresteiro? Que castigo, hein?
Seu rasteiro, não fale em educação, você não sabe o que é. Mas saiba que, como
castigo, terá a mim como sua fiel criticadora, aquela Professora, com P
maiúsculo mesmo, aquela que fará de tudo para você entender que educação, mesmo
depois de muitas décadas pode ser ensinada, e se não quiseres, esse será seu
castigo, pois me calar você não pode; medo de você, passou longe; dever a você
muito menos; querer-lhe por perto jamais, no entanto, minhas palavras, meu latim,
meu verbete serão seu castigo, não por ódio, você é indigno disso, por pena
mesmo. Saiba que o castigo dos sãos é a educação; dos sórdidos é o desespero.
Essa frase é minha. Espero que dessa vez você leia, mas como castigo!”
Sem
mais,
Professora Séfora Cavalcante

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