A suspeita permitia que homens que frequentavam sua
casa praticassem sexo com a criança, dentre eles, o avô de consideração e o
próprio pai da menina de apenas 7 anos de idade.

G1.com – A delegada titular da Delegacia da Criança e do
Adolescente Vítima (DCAV), Juliana Amorim, afirmou nesta segunda-feira (26) que
já foram identificados dois suspeitos de estuprar e submeter a maus tratos uma
criança de 7 anos. A mãe da vítima, que permitia os abusos, foi presa em Nilópolis,
na Baixada Fluminense, quando tentava fugir para uma comunidade na capital.
O
caso começa no nascimento dessa criança. Ela foi abandonada, criada por várias
pessoas e viveu um ciclo de violência, que foi interrompido pela polícia. Ela
foi abandonada pela mãe. Quando voltou aos braços da mãe, esta fazia tudo para
infligir sofrimento a ela. A mãe dizia: ‘Tenho nojo dessa criança’
“,
relatou à delegada. A delegacia investiga se a própria suspeita também foi
vítima de abusos durante o decorrer da sua vida. Ela é mãe de oito filhos.
Segundo
o delegado assistente Rodrigo Bechara, a mãe dizia para outra filha que a
menina “tinha que sofrer“. A maioria dos crimes, segundo o testemunho
da irmã da vítima, acontecia na frente das próprias filhas da acusada.
Foi concedido o pedido de prisão temporária de 30 dias para ela“,
afirmou Juliana Emerique. A vítima está internada em uma UTI pediátrica.
Segundo
as investigações, a suspeita, de 44 anos, permitia que homens que frequentavam
sua casa praticassem sexo e outros atos libidinosos com a criança. Dentre os
suspeitos, estão um avô de consideração e o próprio pai da menina. Segundo uma
testemunha, a menina tinha objetos inseridos no corpo – o que coincidiu com a
análise médica.
Foi
detectado que essa criança sofria violência sexual, para satisfazer a libido da
mãe e das outras pessoas a quem a mãe liberava
“, contou a delegada.
 
Entenda
o caso
 
Em 5 de dezembro, a mulher foi presa em flagrante pelo crime de maus tratos
contra a filha. Segundo a Polícia Civil, a suspeita teria levado a criança a
uma unidade de atendimento médico, onde alegou que a mesma havia se ferido em
uma queda.
Os
profissionais de saúde observaram que as lesões não eram compatíveis com as
alegações da mãe e acionaram a polícia. O delegado de plantão autuou a mãe em
flagrante pelos maus tratos e, por terem sido observadas lesões sugestivas de
abuso sexual na criança, encaminhou nova investigação, desta vez por estupro,
para a DCAV.
Em
audiência no dia seguinte, a mãe da criança conseguiu o direito de responder
pelo crime em liberdade. Após reunir novas provas, a delegada Juliana Amorim
pediu a prisão da suspeita, que foi decretada pela Justiça. A mãe, então, foi
presa novamente na última sexta-feira (23).
Segundo
a delegada, a mãe da menina nega todos os crimes e diz que considerava tudo
absolutamente normal“. A irmã da vitima, de 12 anos, cujo testemunho
é considerado fundamental, deve ficar com uma tia.
Essa
menina de 12 anos era obrigada, ainda de acordo com a delegada, a bater na
irmã. “O atual companheiro da suspeita chegou a dizer que considerava
terminar com o relacionamento porque ela era muito agressiva com as
crianças
“, afirmou.
 
Histórico
de crimes
 
A
criança segue internada, sem previsão de alta médica. Segundo a polícia, a mãe
já respondeu anteriormente por lesão corporal e maus tratos praticados contra
outra de suas filhas, hoje maior de idade. Em 2011, foi condenada por tráfico
de drogas.

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