O
número de títulos de mestrado e doutorado cresceu 379% e 486%, respectivamente,
entre 1996 e 2014, no Brasil, revela estudo divulgado pelo Centro de Gestão e
Estudos Estratégicos (CGEE) na 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), em Porto Seguro, na Bahia.
Apresentado
nesta terça-feira (5), o estudo revela ainda que os títulos de pós-graduação
triplicaram no mesmo período com a criação de novos cursos.

Segundo
o diretor do CGEE, Antônio Galvão, a pulverização dos programas de mestrado e
doutorado criou as condições necessárias para o desenvolvimento de outras
regiões do país. Quanto maior o conhecimento, maior o potencial de geração de
riquezas para o país, afirmou Galvão, ao detalhar o estudo.
“Quando
se muda isso, muda-se a qualidade dos empregos das pessoas, porque eles
[pós-graduados, mestres e doutores] vão fazer tarefas mais complexas, ter
atividades e empreendimentos de maior densidade técnico-científica, que
remuneram melhor, que pagam melhores salários. Todo o processo de
desenvolvimento real é baseado em conhecimento. Este é o grande segredo, e é o
que a pesquisa está mostrando”, afirmou.
O
estudo mostra o mercado de trabalho de mestres e doutores em um período de seis
anos. De acordo com os dados da pesquisa, de 2009 a 2014, o total de mestres
empregados foi 66% e o de doutores, 75%, bem acima da taxa de ocupação da
população, que está em 53%, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea).
Mesmo
com o avanço, o Brasil aparece como antepenúltimo em um ranking de 37 países.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, no
Brasil são apenas 7,6 doutores para cada grupo de 100 mil habitantes. Apenas o
México (4,2) e o Chile (3,4) tiveram desempenho inferior ao do Brasil nesta
lista.
Agência Brasil
 

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