Em sessão ordinária do dia 13 de
Abril de 2016 da Câmara Municipal de Natal,  que discutia o corte do ponto dos
professores da rede municipal de ensino que estavam em greve, o
vereador Luiz Almir protagonizou uma das suas mais bestiais atuações naquela casa: Chamou os
professores de “bestas”, disse que “não queria os seus votos” e que eles poderiam
continuar a latir”.

Como desculpa esfarrapada, o tal vereadorzinho de meia tigela disse que usou apenas uma “força de expressão”.
Eu não quero voto de vocês não
bando de bestas. Eu tô querendo é explicação para eu dizer ao povo. Ora! Pode
latir aí até dar uma dor
Em resposta ao ato insano do tal vereadorzinho chibata (força de expressão deste Blogueiro) a educadora, Séfora Cavalcante, avisou em sua página do facebook: “Luiz Almir, vereador que não
votei em nenhuma eleição, vou preparar uma carta aberta para o senhor, em que
latirei muito ao seu respeito, mas não se preocupe, vai ser por força de
expressão!
Duas horas depois, a educadora publicou a carta aberta que segue abaixo e DESMORALIZOU o vereadorzinho medíocre. 
– CARTA ABERTA AO VEREADOR,
NO QUAL NUNCA VOTEI, LUIZ ALMIR –
Senhor vereador, vou começar esta
carta agradecendo a você pelas palavras proferidas na câmara ao falar para os
que ali ouviam, incluindo professores e outras pessoas tão comuns, agradeço por
me inspirar, pois lembrei uma frase em LATIM, que justificará meu texto. Não,
não entenda LATIR, é latim, língua não vernácula, mas muito citada pelos
conhecedores e estudiosos da língua. Leia isso: FACIT INDIGNATIO VERSUM.
A besta aqui, sou professora de
língua portuguesa “MAGISTER SUM”, mulher, cidadã, consciente do quão
desprezível é o senhor, traduzirá com propriedade o que essa frase significa,
para que você, “homem”, pai, vereador, ignorante, mal-educado, preconceituoso,
misógino, saiba que esses adjetivos não são força de expressão, estou exercendo
o meu direito de resposta, pois como o senhor discursou na câmara, ofendendo os
professores, e tem imunidade para isso, aproveito-me deste seu direito e posso
respondê-lo da forma como considerar adequada, não é interessante? Sou
fascinada pelas leis brasileiras quando podem ser usadas pelos cidadãos. Mas
voltemos ao que interessa aqui. Entenda, agora, como o latim FACIT INDIGNATIO
VERSUM traduz este momento tão democrático de liberdade de expressão: a
indignação faz o verso. Frase do poeta romano Juvenal. Eu, indignada com seu
discurso, fui inspirada por ele. Absurdamente, para não dizer e já dizendo,
insanamente, você diz que “podem latir, seus bestas, eu não preciso do voto de
vocês”. Nós, sociedade natalense, é que não precisamos de um vereador assim. Um
“homem” que se expressa de maneira chula, desprezível, ao falar de violência,
que pessoas que praticam crimes merecem morrer; que ao falar sobre mulher, e
não entender o adjetivo sensível relacionado a esse gênero, não entende se essa
sensibilidade é na “vertical ou horizontal?”. Que ser repugnante é você? Que
tenta se comunicar dessa maneira, que não sabe usar palavras de bom grado, a
não ser para pedir e quase implorar por votos, e consegue, dos leigos, dos
pouco informados, dos que talvez concordem com você. Quando disse no seu
programa que dirigiu embriagado e admitiu que não foi pego e já tantas e tantas
vezes fez isso. Você tem orgulho de dizer isso? Por quê? Que super-herói a sua
pessoa acredita ser? Que ser superior vive na sua cabeça que o fez acreditar
nessa ilusão de ser, você, o “homem” exemplar?
Você, Luiz Almir, desculpa-se em
redes sociais que as suas palavras proferidas foram por força de expressão e,
ironicamente, pede desculpas. Pura falácia! Você ainda diz que não seria capaz
de desrespeitar os professores, pois sua esposa trabalha na área de educação,
como pode usar um argumento desses, se além de professora, ela é mulher, e
tantas vezes, você a desrespeita, ou você não sabia que ela é uma mulher? Seu
vereadorzinho, o que você na câmara disse, só mostrou que você é, sabe por quê?
VOLUNTAS PRO FACTO REPUTATUR, traduzindo o latim para você não ter que ir
buscar no Google e perder a sequência desta carta, “intenção faz ação”.
Entendeu? Isso é LATIM, viu? Mas pra você pode ser “latir”, já que você é só um
“comunicador”, e se considera jornalista, nunca sentou em uma cadeira de
universidade, só na de um bar, nem entende o que significa ser “comunicador”,
mas talvez até o seja mesmo, esse que COMUNICA A DOR, a dor de ser tão ínfimo,
a dor de ser tão incapaz, que apenas agride com essas palavras vis, na
tentativa de ser ouvido, só consegue ser desprezado. Mas você precisa entender
que PECTUS EST QUOD DISERTOS FACIT, em latim, mais uma vez, “o coração é que
faz os eloquentes”. E isso você, realmente, não usa para tentar se comunicar,
simplesmente, você aperta a descarga do seu cérebro e as palavras se esvaem.
Agora, eu quero ouvir e ver você latir mais alto do que eu. Mostre-se como você
é, Luiz Almir? QUIS EST HIC VIR?
Sem mais.
Séfora Cavalcante

O Blog do Gordo registra total apoio e respeito aos nossos educadores. Se este ser desprezível tivesse valorizado e respeitado seus professores, talvez fosse hoje alguém com uma percepção diferente do mundo e não valorizasse tanto suas futilidades.
Assistam o vídeo com o momento em que o tal vereadorzinho ataca os professores:


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