Um promotor de Justiça do Rio Grande do Norte reagiu
a um assalto e matou um criminoso na noite da terça-feira (31) em Natal. A
informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Ministério Público
Estadual. Segundo o MP, após o crime o promotor entrou em contato com a
Procuradoria Geral de Justiça, prestou depoimento e entregou a arma dele.
O
dono do bar, que preferiu não se identificar, relatou que o suspeito teria
anunciado o roubo do estabelecimento, que fica na Avenida Romualdo Galvão, em
Lagoa Nova, por volta das 19h30. Após render o proprietário, o criminoso se
dirigiu aos clientes. “Ele foi atingido na hora que foi pegar os pertences
das pessoas que estavam nas cadeiras. Pelo que pudemos ver, ele fazia tudo
sozinho”, contou o proprietário do estabelecimento.
Nesse
momento o promotor teria reagido e efetuado três disparos de arma de fogo
contra o criminoso. Ele foi atingido e morreu na hora. O promotor, que tinha
porte de armas liberado, prestou depoimento e entregou a arma logo em seguida.
Na
manhã desta quarta (1º), a assessoria de imprensa do MP divulgou nota de
esclarecimento sobre o ocorrido à imprensa. Confira a íntegra:
 
A
Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte vem
prestar esclarecimento a respeito do fato ocorrido na noite da última
terça-feira (31), em estabelecimento comercial na zona sul de Natal, envolvendo
a participação de membro da Instituição:
1.
No início da noite desta terça-feira, após tentativa de roubo, com emprego de
arma de fogo, ocorrida por volta das 19h30 em estabelecimento comercial do ramo
de alimentação localizado à Av. Romualdo Galvão, houve reação por parte do
promotor de Justiça que se encontrava jantando no local, que estava armado e
efetuou disparos contra o autor do fato, que veio a óbito.
2.
O Procurador-Geral de Justiça Rinaldo Reis tomou conhecimento da ocorrência a
partir de iniciativa do próprio membro envolvido, que após deixar o local
comunicou oficialmente a ocorrência, com o objetivo de se apresentar
formalmente. O PGJ, que encontra-se em Brasília, determinou ao Procurador-Geral
Adjunto e equipe para, de imediato, tomar depoimento do membro e recolher sua
arma de fogo para perícia. O promotor possuía porte legal de arma e a entregou
prontamente.

3. O PGJ determinou,
também de imediato, que fosse efetivado contato com a SESED para envio de
Delegado de Polícia Civil e ITEP, para realização de perícia no local, o que
efetivamente ocorreu, tendo também destacado dois membros da equipe da
Procuradoria-Geral para acompanhamento dos trabalhos no local do crime.

4. Após colhido o
depoimento do membro, foi instaurado procedimento regular de investigação no
âmbito da Procuradoria-Geral de Justiça do RN, para apuração detalhada, uma vez
que, por lei, cabe ao Procurador-Geral de Justiça a investigação de fatos dessa
natureza envolvendo membros do Ministério Público.

5. As informações levantadas
preliminarmente registram que o indivíduo que faleceu portava identidade com
nome diverso do que informado por familiares que foram até o local e já possuía
registro na polícia por outras ocorrências, bem que adentrou armado no local
para a prática de roubo e empregou violência física contra a esposa do
proprietário do estabelecimento.

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