Sabrina Bezerra, de 17 anos,
estava no 17º andar de um apartamento. Homem atirou durante briga de trânsito.
Bala transfixou antebraço da garota.

O
tiro que atingiu o antebraço esquerdo da estudante Sabrina Bezerra, de 17 anos,
vítima de uma bala perdida na noite deste sábado (30) no alto do 17º andar de
uma apartamento residencial no bairro de Nova Parnamirim, na Grande Natal, fez
um grande estrago. Ao transfixar o braço, o projétil despedaçou parte do rádio
e partiu o cúbito, também chamado de ulna. Apesar disso, ela passa bem.
Sabrina
Bezerra passou por uma cirurgia e continua internada. Em uma rede social, a
adolescente escreveu: “Obrigada a todos que se preocuparam e peço que
continuem rezando por mim e por nosso estado, que cada vez mais se encontra
precário de paz”. Na mesma postagem, ela desabafa: “Tudo isso por uma
confusão no trânsito! Onde vamos parar?? Quando o amor ao próximo prevalecerá
no coração de cada um?”.
A adolescente estava em um dos
quartos do apartamento ao lado de duas primas quando foi atingida. Segundo ela,
o disparo foi feito durante uma briga de trânsito a poucos metros do edifício,
em um cruzamento da Av. Abel Cabral. Dois homens discutiam quando um deles
sacou a arma, apontou para o alto e puxou o gatilho. As primas se abaixaram
assim que viram o homem sacar a arma. Sabrina continuou de pé, assistindo a briga.
Após o disparo, a bala passou a poucos centímetros do rosto dela, acertando o
braço que estava apoiado numa rede de proteção instalada na janela. A bala,
depois de atingir e transfixar os ossos, ficou alojada no teto.
“Quando escutou a confusão ela
disse: – gente, vem ver. A gente foi. Aí ficamos as três juntas, olhando. A
gente viu tudo. Até a hora que o cara levantou a arma para cima. Na hora ela
disse que só sentiu a pressão, que não viu que tinha um tiro”, relatou uma das
primas.
Dona no apartamento, Elizabeth
Bezerra é tia de Sabrina. Ela contou que as adolescentes entraram em pânico
após o disparo. “Elas começaram a gritar… ai, tia, tia, tia… pelo amor de
Deus. Sangue… E eu desesperada, o que foi? o que foi? Ela disse: foi um
tiro”, relembrou.
Elizabeth também contou que se
mudou para o apartamento, em Nova Parnamirim, já para tentar escapar da
violência. Segundo ela, há dois meses um filho dela foi assaltado e por pouco
não foi morto. Ela conta que vendeu a casa e comprou o apartamento por
acreditar que, no 17º andar, estaria longe da criminalidade. “Eu nunca imaginei
que isso pudesse acontecer no alto de um prédio. Pensei que aqui estávamos
seguras. Mas não estávamos, né? Eu sei que foi fatalidade. Mas, é difícil, é
difícil a gente aceitar uma situação dessa. É muito difícil”, lamentou.
As pessoas envolvidas na briga
de trânsito, inclusive o homem que efetuou o disparo, ainda não foram
identificadas. O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia de
Parnamirim.

Por G1.com RN

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