Não há um prazo definido para a captura dos dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que chegou na manhã deste domingo (18) ao Rio Grande do Norte para acompanhar a busca pelos foragidos

Segundo o ministro, apesar do emprego de cerca de 500 agentes de segurança e equipamentos modernos, a complexidade do terreno e as chuvas, que apagam rastros, dificultam a operação. Lewandowski acrescentou também que, pelas investigações, as autoridades acreditam que os fugitivos ainda se encontram num raio de 15 quilômetros a partir da penitenciária.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento fugiram na última quarta-feira (14). Eles foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal brasileiro, considerado de segurança máxima. O sistema foi criado em 2006.

O ministro confirmou que as investigações indicam que, para escapar da cela, foi utilizada uma barra de ferro extraída de uma das paredes, o que aponta para má conservação das instalações. Segundo Lewandowski, a apuração também revela que a obra existente no presídio era mal administrada, já que uma das ferramentas do canteiro teria sido utilizada pelos fugitivos para cortar o alambrado da penitenciária.

Duas investigações sobre a fuga estão em andamento: uma delas de caráter administrativo, para apurar as responsabilidades da fuga; e uma outra, conduzida pela Polícia Federal, para apurar eventuais responsabilidades de natureza criminal de pessoas que, eventualmente tenham facilitado a ação dos detentos.

No entanto, Lewandowski evitou falar em conivência para a fuga. De acordo com o ministro, “em nosso regime democrático vigora a presunção da inocência”. Neste domingo, em coletiva à imprensa na Etiópia, o presidente Lula cogitou que os presos tiveram apoio para fugir do local.

O prazo legal para a conclusão do inquérito policial é de 30 dias. E esse período pode ser prorrogado caso haja necessidade.

Agência Brasil

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