Segundo Francisco, ele está fazendo terraplanagem, em
Ji-Paraná (RO). Contratação veio após repercussão da devolução do
dinheiro.

O
desempregado de 46 anos que achou R$ 11 mil dentro de um envelope e devolveu ao
dono, em Ji-Paraná (RO), foi contratado por uma empresa da cidade para ser
operador de máquinas pesadas. A contratação aconteceu após a repercussão da
notícia da devolução do dinheiro, no mês de maio. O trabalho iniciou neste mês
de junho. Em entrevista, o homem diz que está feliz por estar atuando no que
mais gosta: terraplanagem.
Preferindo
não ser fotografado novamente, Francisco contou ao G1 que como a terraplanagem
só pode ser feita durante um período do ano, por causa da chuva, ele sempre
tenta se programar para os meses em que fica desempregado.
“Eu
trabalho durante a época de seca, pois nas chuvas meu trabalho fica
impossibilitado. Eu sempre me planejo para me manter na época das águas, mas
durante essa época foi bem difícil. Fiz algumas diárias, mas o dinheiro sempre
era curto”, afirma Francisco, que voltou a trabalhar como operador de
máquinas pesadas neste mês de junho.
Humilde,
Francisco diz não entender o motivo de tanta repercussão pelo ato que
protagonizou. “Para mim o que eu fiz foi normal. Faria de novo a qualquer
momento”, declara.
Caso
Toda
história começou no dia 13 de maio, quando ele ficou sabendo através da TV
local que um comerciante havia perdido mais de R$ 10 mil em uma avenida. Ao
saber da informação, Francisco foi ao endereço para tentar encontrar o
envelope.
Após
achar o dinheiro e os documentos pessoais do empresário na Avenida Edson Lima,
em Ji-Paraná, Francisco conta que passou a procurar um endereço para devolver
os R$ 11 mil.
Denis
Ricardo, empresário que recuperou o dinheiro, se comoveu com a situação do
operador de máquinas pesadas e, além de dar uma quantia do valor devolvido,
ofereceu um emprego a ele.
“Quando
encontrei com o Francisco, ele me disse que trocaria todo o dinheiro que
encontrou por um emprego. Uma atitude dessas comove qualquer um e então eu
decidi dar uma fatia do valor e oferecer uma vaga para ele trabalhar
comigo”, comenta o empresário que possuí uma loja de tintas.
Francisco,
porém, não ocupou a vaga na empresa de Denis, pois recebeu uma proposta de
emprego para trabalhar em sua função: operador de máquinas pesadas.
A
atitude nobre e a humildade do homem de 43 anos sensibilizaram o empresário,
que agora considera Francisco como um novo amigo. “A gente mora perto e
sempre que possível eu vou até a residência dele para ver como ele e a família
estão. Além de recuperar meu dinheiro, ganhei um amigo honesto”, afirma.
G1.com

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